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terça-feira, 6 de março de 2012

Lição 11 - Como Alcançar a Verdadeira Prosperidade

Como Alcançar a Verdadeira Prosperidade
Publicado em 6 de Março de 2012
Prof: Altamiro Nunes
Neste Domingo às 8h



Texto Aureo
1Crônicas 29:10-18
“E riqueza e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e dar força a tudo”(1Cr 29:12).

Verdade Prática
A verdadeira prosperidade, dá-nos as condições necessárias para não somente de nossa manuteção, como também investir no reino de Deus

INTRODUÇÃO
Já dissemos durante este trimestre que a verdadeira prosperidade não consiste em se acumular bens ou dinheiro, nem em depositar o coração nas incertezas das riquezas(ler 1Tm 6:17). Não consiste em conseguirmos tudo o que queremos, mas em estar onde Deus quer que estejamos, fazendo e conquistando tudo o que ele tem para nós. Quando Ló se separou de Abraão, escolheu as campinas do Jordão. Quem assistisse aquela cena, pensaria que Ló tinha ficado com a melhor parte, a melhor terra e, portanto, seria mais próspero. Sabemos o que lhe aconteceu depois e como sua família foi destruída quando Deus fez chover fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra. Abraão, porém, que foi para lugar inóspito, teve sua descendência preservada e prosperou. Os caminhos de Deus para nós passam por lugares perigosos e às vezes desconfortáveis, mas o seu fim é o mais próspero possível. Certamente passaremos pelo vale da sombra da morte; andaremos por caminhos apertados e entraremos por portas estreitas, mas chegaremos a um lugar aprazível. Para alguns, esse estado de plenitude não se dará nesta vida. I. CONFIANDO NA SUFICIÊNCIA DE DEUS

Aprendemos a confiar na suficiência de Deus lançando sobre Ele todas as nossas ansiedades e preocupações. Está escrito: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”(Fp 4:6,7). “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1Pe 5:7). Lançar nossas ansiedades sobre Deus exige ação, não passividade. Não devemos nos submeter às circunstancias, mas ao Senhor que controla as circunstancias.

1. Confiando nas promessas de Deus.
Deus cumpre os compromissos que assume. Todos os pactos constantes na Bíblia que foram firmados entre Deus e o homem sempre tiveram, da parte de Deus, seu cabal cumprimento. Menciono alguns: A Abraão, homem sem filhos e já idoso, prometeu uma descendência como a areia do mar e que dele sairiam povos e reis. Deus tem cumprido este compromisso, como podem testemunhar os milhões de judeus e árabes que hoje existem. A Israel, Deus prometeu que seria sua propriedade peculiar, seu reino sacerdotal e tem cumprido até aqui a sua parte no pacto, preservando a nação israelita, apesar da incredulidade dela, ao longo dos séculos, de forma evidentemente miraculosa, como foi a restauração do Estado de Israel na Palestina, como prova de mais um compromisso que Deus tem cumprido, a de entregar a Terra de Canaã a Israel. A Davi, prometeu que sua descendência governaria eternamente sobre Israel e sabemos que a vinda de Cristo, que é descendente de Davi e vivo está, é a demonstração do cumprimento desta promessa, pois para sempre o Senhor reinará sobre Israel. Aos homens, prometeu perdão dos pecados aos que crerem em Jesus Cristo e tem cumprido este compromisso, como nós mesmos somos testemunhas, pois fomos alcançados por este amor e por este perdão e hoje desfrutamos da comunhão com o Senhor. À Igreja, prometeu o perdão dos pecados(Hb 8:12), a adoção(2Co 6:18), a vida eterna(1João 2:25), que voltaria novamente para levar a sua Igreja(João 14:3), uma cidade celestial(João 14:1-2) e um novo Céu e uma nova Terra(2Pe 3:13). Existem, porventura, promessas melhores do que estas para a Igreja? Certamente, não! Essas promessas revelam a suficiência de Deus em nos prover o melhor.

2. Confiando na fidelidade de Deus
“Não andeis ansiosos de coisa alguma…”. Esta exortação de Deus não é um conselho amoroso, um desejo ou um pedido, mas uma ordem! Nela somos chamados a assumir a tarefa mais pesada e difícil do cristão: não andar ansioso por nada. De fato existem muitas coisas que podem nos preocupar - Problemas familiares: “o que será dos nossos filhos? O que acontecerá se eu perder o emprego - o dinheiro ainda será suficiente para todos?”; Nos negócios: “no último ano as coisas correram bem, mas neste novo ano será que venceremos todos os obstáculos?”; Outras preocupações: “medo de assalto, medo de câncer, medo de infarto, de qualquer outra doença ou de um acidente. Medo de alimentos que prejudicam a saúde, da morte repentina, da guerra, da inflação… “. Talvez sobre a prancheta com a lista das preocupações até existam coisas das quais poderíamos dizer: “Nesse caso, tenho razão em me preocupar”. Todavia, simplesmente devemos concordar que esse procedimento é totalmente contrário à ordem de Deus: “Não andeis ansiosos de cousa alguma“. Devemos levar tudo a Deus em oração - “em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça”. “Tudo”, significa tudo mesmo. Não há nada que seja pequeno demais ou grande demais para o amoroso cuidado de Deus. Talvez a palavra “oração” nesse versículo signifique a atitude total de nossa vida, enquanto súplica são as petições especificas que apresentamos ao Senhor. Devemos fazer acompanhar nossas “petições com ações de graças”. Alguém fez o seguinte resumo desse versículo: “Ansioso por nada, orando por tudo e agradecendo por qualquer coisa”.

3. Não andeis preocupados.
É uma honra para Deus assumir todas as nossas preocupações. Por isso Pedro diz: “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1Pe 5:7). Somente quando lançamos todas as nossas ansiedades sobre Deus Ele cuida de nós. Mas se arrastamos as nossas ansiedades junto conosco, então nós mesmos criamos muita aflição, muito sofrimento e muita inquietação. Além disso, toda preocupação não adianta nada, pois o próprio Senhor Jesus diz: “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida… vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas” (Mt 6:27 e 32b). Quem assim mesmo tenta resolver sozinho seus próprios problemas mostra que não reconhece a grandeza de Deus, ou seja, torna o Senhor pequeno e rouba-lhe a sua honra! Responda as seguintes perguntas: Ø Você crê que o Senhor Jesus ouve as orações?

Você crê que Deus cuida de nós?
Você crê que Deus zela pelos nossos interesses?
Você crê que Deus consegue resolver mesmo as nossas maiores dificuldades?
Você crê que nada em nossa vida passa despercebido para o Senhor Jesus?
Você crê que Deus é Todo-Poderoso?
Você crê que Deus nos dirige e faz com que tudo contribua para o nosso bem? Se você pode responder a todas estas perguntas afirmativamente, então por que ainda se preocupa? Racionalmente nos preocupamos de fato, mas o cuidado de Deus está acima do nosso entendimento.
Está escrito a esse respeito: “Não andeis ansiosos… E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4:6-7). A Paz que Deus dá excede e vence qualquer dúvida da nossa mente e supera todas as ansiedades, pois está enraizada na pura confiança em Deus. Em todas as lutas da vida, quando Ele enche nosso coração com paz celestial, guarda-nos na comunhão com Cristo Jesus. Essa Paz “excede todo o entendimento“. Os não-cristãos não a compreendem de forma alguma, e até os cristãos que a desfrutam encontram nela um elemento misterioso: ficam surpresos pela falta de ansiedade em face da tragédia ou de circunstancias adversas. Essa Paz protege o coração e o pensar - “guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus“. Que tônico maravilhoso para estes dias de neuroses, crises nervosas, tranqüilizantes e aflições mentais!

II. DEDICANDO-SE AO TRABALHO

A verdadeira prosperidade, isto é, a prosperidade bíblica, contempla necessidades supridas com a bênção de Deus, por intermédio do trabalho. A Bíblia afirma que o trabalho é uma das principais características humana que o fazem imagem e semelhança de Deus. A Bíblia inicia a história do universo pela narrativa da ação criativa de Deus, mostrando-nos um Deus Criador, um Deus que trabalha, trabalho este que persiste até hoje, segundo nos revelou o Senhor Jesus (João 5:17).

1. A necessidade do trabalho.
A Bíblia nos mostra que a aquisição de bens materiais é uma necessidade para o homem depois da sua queda, pois deverá, do seu trabalho, obter o seu sustento(Gn 3:19). Deste modo, a obtenção dos meios necessários para a nossa sobrevivência deve vir do trabalho. É por isso que Paulo, numa afirmação dura, mas que é a verdade nua e crua, disse que “se alguém não quiser trabalhar, não coma também”(2Ts 3:10), máxima que foi, inclusive, incorporada em várias Constituições de países comunistas no século XX, mas que traduz um princípio bíblico. Portanto, a primeira fonte de aquisição de bens materiais deve ser o trabalho, devendo, pois, o cristão valorizar o trabalho e buscá-lo como forma de sustento seu e de sua família. O apóstolo Paulo, ao chegar a Tessalônica, tratou de trabalhar com as próprias mãos para obter seu sustento(1Ts 2:9), passando, então, a fazer tendas, que era o seu ofício (At 18:3), a fim de que pudesse dar o exemplo de que o trabalho é digno e que deve ser apreciado pelos servos de Deus. Assim, ainda em Tessalônica, enquanto trabalhava dia e noite, produzindo o seu próprio sustento, o apóstolo pôde ter autoridade moral para ensinar àqueles crentes o valor e a dignidade do trabalho, desfazendo os falsos conceitos da cultura greco-romana a respeito do assunto(os gregos tratavam o trabalho manual com desprezo). Por esta razão, Paulo admoestou os tessalonicenses a trabalharem arduamente e a viverem tranquilamente.

2. O benefício do trabalho.
Quando Deus formou o primeiro casal, determinou que cuidasse do jardim do Éden bem como de toda a criação que estava sobre a face da Terra(Gn 1:26; 2:15). Assim, ao contrário do que muitos pensam e até ensinam, o trabalho não é consequência do pecado do homem, mas, sim, um fator que faz o homem semelhante a Deus, tanto que o homem, antes de pecar, já trabalhava. É por isso que se diz que o trabalho faz parte da dignidade da pessoa humana, pois é ele um dos elementos que ressalta a qualidade do homem de ser imagem e semelhança de Deus. Não é à toa, pois, que, no mundo em que vivemos, o trabalho seja tão aviltado e menosprezado no sistema maligno que nos governa, pois se trata de um elemento que o adversário de nossas almas se esforça por denegrir, dentro de seu propósito de destruição do plano divino para o homem.

3. O Trabalho produz riqueza.
“O preguiçoso deseja e nada tem, mas a alma dos diligentes se farta”(Pv 13:4). Diz o rev. Hernandes Dias Lopes que “o preguiçoso deseja muitas coisas, mas nada tem. Anseia pelos frutos do trabalho, mas não ama o trabalho. Prefere o sono e o conforto à fadiga da luta. O trabalho é uma bênção. Foi Deus quem o instituiu, e isso antes mesmo de o pecado entrar no mundo. O trabalho continuará na eternidade, mesmo depois que o pecado for banido da criação. O trabalho não apenas tonifica os músculos do nosso corpo, mas também fortalece a musculatura da nossa alma. O trabalho farta a alma dos diligentes, produz riquezas, promove progresso, multiplica os recursos naturais. Torna a vida mais deleitosa, a família mais segura e a sociedade mais justa. O trabalho engrandece a nação e traz glória ao nome de Deus. Fomos criados por Deus para o trabalho. Aquele que nos criou é nosso maior exemplo, pois ele trabalha até agora. Não se renda à preguiça; trabalhe com diligência!”.

4. Deus não chama ociosos para realizar a Sua Obra.
Deus não chama ocioso, ou seja, pessoa que nada faz, que não tem qualquer atividade. Na Bíblia não encontramos uma só vez sequer que Deus tenha chamado alguém para uma tarefa que não fosse uma pessoa trabalhadora. Menciono alguns: Moisés foi chamado por Deus quando pastoreava o rebanho de seu sogro; Gedeão, quando malhava o trigo de seu pai no lagar; Samuel, quando cuidava zelosamente dos serviços do tabernáculo; Saul, quando procurava as jumentas de seu pai; Davi, quando estava pastoreando o rebanho de seu pai; Eliseu, quando lavrara as terras de seu pai com doze juntas de bois. Jesus, apesar de ser o Filho de Deus, de ter vindo ao mundo para salvar a humanidade, jamais foi uma pessoa ociosa. Ele mesmo se tornou semelhante a nós em tudo, passando a maior parte dos anos da vida sobre a terra junto de um banco de carpinteiro, dedicando-se ao trabalho manual, na oficina de José (cf Mt 13:55; Mc 6:3), a quem estava submisso (cf. Lc 2:51). Ele descreve a Sua própria missão como um trabalho: “Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também” (João 5:17).


III. USANDO O DINHEIRO CONSCIENTEMENTE

A questão do dinheiro é muito importante na vida do crente e revela seu caráter. O dinheiro é a pedra de toque que nos permite descobrir o quilate do cristão. A maneira de agirmos com respeito a ele, revela de modo saliente os traços essenciais da nossa personalidade. O dinheiro não é um mal em si(1Tm 6:10). Diz o rev. Hernandes Dias Lopes que “Ele é necessário. É um meio e não um fim. É um instrumento por intermédio do qual podemos fazer o bem. O dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão. O problema não é ter dinheiro, mas o dinheiro nos ter. O problema não é carregar dinheiro no bolso, mas entesourá-lo no coração. O dinheiro deve ser granjeado com honestidade, investido com sabedoria e distribuído com generosidade. Deus nos dá mais do que necessitamos, não para o retermos em nossas mãos, mas para socorrermos os necessitados”. “Não somos dono do dinheiro. Nada trouxemos ao mundo nem nada dele levaremos. Somos apenas mordomos. Devemos ser fiéis nessa administração. Se formos fiéis no pouco, Deus nos confiará os verdadeiros tesouros. Nosso coração deve estar em Deus e não no dinheiro. Nossa confiança deve estar no provedor e não na provisão. Nosso deleite deve estar nas coisas lá do alto e não nas coisas que o dinheiro nos proporciona”. Devemos, sempre, buscar servir a Deus e lhe agradar. Esta deve ser a intenção do cristão. Se Deus nos conceder riqueza, que nós a usemos para agradar a Deus. Se nos der a pobreza, que nós a usemos para agradar a Deus. O importante é que não façamos do dinheiro o objetivo e a intenção de nossas vidas. Quem passa a viver em função do dinheiro, quem passa a pôr o seu coração nos tesouros desta vida, passa a ser um avarento, um ganancioso e, como tal, será um idólatra (Cl 3:5) e, assim, está fora do reino dos céus(Ap 22:15).

1. Rejeitando o consumismo.
A prática desenfreada de aquisição de bens tem sido uma das marcas de nossa era materialista. Isso tem trazido diversos problemas, inclusive para os servos de Deus, que não conseguem resistir a determinadas “promoções imperdíveis” oferecidas pelo comércio e adentram por endividamentos e financiamentos, sem mesmo avaliar se sua situação financeira comportará tais compromissos. Estes cederam lugar ao consumismo. É bom ter a capacidade de adquirir bens necessários à existência e, na medida do possível, ter também condição financeira para realizar objetivos planejados a médio e longo prazos. Mas quando esquecemos de planejar nossas finanças e cedemos às pressões “urgentes”, para adquirir coisas supérfluas, corremos o risco de manchar o nome do Senhor e o nosso diante dos homens. O consumismo nos faz comprar coisa que não precisamos, com um dinheiro que não temos, para impressionar pessoas de que não gostamos. Isso é perigoso. Portanto, evite o consumismo!


2. Use o Dinheiro com Responsabilidade.
Não é fácil ganhar dinheiro de forma honesta. Creio, porém, que é ainda mais difícil usar com sabedoria aquilo que ganhamos. Paulo manda que Timóteo exorte aos ricos, da seguinte forma: “Não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis “(1Tm 6:17-19). Timóteo deveria exortar aos ricos a não serem orgulhosos. Essa é a tentação dos ricos. Eles são propensos a menosprezar os que não têm tanto dinheiro como rudes, sem cultura e não muito inteligente. É claro que isso não é necessariamente verdade. Grande riqueza não é sinal de bênção de Deus no Novo Testamento como era no Antigo Testamento. O dinheiro tem o dom de soltar asas e voar. Embora a fortuna dê aparência de segurança, o fato é que a única certeza neste mundo é a Palavra de Deus. Assim, os ricos são exortados a confiar em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas usufruirmos. Uma das grandes ciladas da riqueza é que é difícil tê-la sem se confiar nela. E isso é uma forma de idolatria. É negar a verdade de que Deus é quem abundantemente nos dá todas as coisas para nossa satisfação. Também, o cristão é lembrado de que o dinheiro que ele possui não é dele. Ele o recebe para ser administrado. Ele é responsável pelo uso do dinheiro para a glória de Deus e para o bem-estar de seu próximo. Ele deve usá-lo para as boas obras e ser generoso com os necessitados. A regra de vida de John Wesley era: “Faça todo o bem que puder, por todos os meios que puder, de todas as formas que puder, em todos os lugares que puder, em todas as ocasiões que puder, para todas as pessoas que puder, por mais tempo que puder“. Portanto, o cristão deve estar pronto para usar o dinheiro em qualquer lugar que Deus indicar. Deve saber administrá-lo, atribuindo-lhe o seu real valor.

3. Evite o desperdício e o supérfluo.
É nossa tendência pensar que só entre os que têm muitos bens materiais há desperdiço de recursos. A verdade, porém, é que entre a classe pobre há tantos ou mais pessoas que desperdiçam seus recursos de forma dissoluta. Na parábola de Jesus, aquele que menos tinha, foi quem não soube administrar sua porção. Na experiência diária vemos que crentes sem recursos, que vivem do seu ordenado somente, são muitas vezes aqueles que não sabem distribuir o seu dinheiro. Os pobres podem, nesse caso, ser tão esbanjadores como os ricos, levando-se em conta as devidas proporções. Em João 6:12 Jesus ordenou que seus discípulos recolhessem os alimentos que sobrara para que nada se perdesse. Algumas vezes o orçamento acaba porque gastamos com insensatez, onde não se deve ou não se pode (Is 55:2; Lc 15:13,14).

4. Economize, poupe e fuja das dívidas.
Se os membros das nossas igrejas fossem mais econômicos, seu dinheiro iria mais longe. O mal de muitos é não saberem distribuir, é não terem método no gastar. Se tem muito, gastam tudo; quando não tem bastante, tomam emprestado. Por isso a vida financeira de muitos evangélicos é uma pedra de tropeço diante dos incrédulos. Sejamos cuidadosos na maneira de gastar o nosso dinheiro, busquemos a direção do Senhor de nossas vidas, para que ele nos ensine a usar o pouco que nos foi entregue. Economize comprando no estabelecimento que é mais em conta. Racionalize os gastos com água, luz, telefone, etc. (ler Gn 41:35,36; Pv 21:20). Abra uma conta-poupança e guarde um pouco de dinheiro, por menor que seja a quantia. Fuja das dívidas!

5. Seja equilibrado.
Um bom hábito na vida financeira é ter um orçamento para as despesas mensais. Os jovens, pensando em estabelecer o seu lar, aprendam desde já a fazê-lo. Vivam dentro daquele orçamento e, se for possível, reservem um pouco para imprevistos, que sempre aparecem.

6. Enfim, fuja do consumismo.
Para fugir do consumismo é necessário: evitar o desperdício e o supérfluo, economizar, poupar e fugir das dívidas e, acima de tudo, investir no Reino de Deus. Não compre fiado! Não seja fiador! Não peça emprestado! Gaste somente o necessário, dentro da sua capacidade financeira! Liberte-se do consumo irresponsável! Jesus quer libertá-lo das garras do consumismo - “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:32,36).

CONCLUSÃO

A verdadeira prosperidade faz parte dos desígnios de Deus para nós. Contudo, ela não é sinônimo de riqueza material. Não podemos ter em mente uma interpretação errada das Escrituras e do evangelho, como se a mensagem do Senhor Jesus tivesse como objetivo o nosso enriquecimento material e a satisfação dos nossos caprichos. Podemos ter pedidos negados. Podemos sofrer. Podemos passar por muitas tribulações e aflições, conforme o próprio Jesus nos advertiu (João 16:33). Essa ideia de um “cristianismo 5 estrelas”, onde não existem adversidades, é uma perigosa heresia. Sabemos, pois, que Deus é um Pai amoroso e que a verdadeira prosperidade está fundamentada na sua providencia e graça. Se quisermos ter uma vida bem sucedida precisamos aprender a depender de Deus e nos submeter à sua vontade. Amém?


Referências Bibliográficas:

William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão - nº 49.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico Beacon - CPAD.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
Caramuru AFONSO Francisco - A mordomia cristã das finanças.

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