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sábado, 17 de setembro de 2011

LIÇÃO 12 - A INTEGRIDADE DA DOUTRINA CRISTÃ

LIÇÃO 12 - A INTEGRIDADE DA DOUTRINA CRISTÃ
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais

INTRODUÇÃO

Nesses dias em que o pecado e a iniquidade crescem assustadoramente, torna-se

necessário que a igreja, bem como cada cristão particularmente compreenda e pratique a doutrina cristã. Por isso, nesta lição estudaremos sobre a necessidade e a importância da Doutrina Cristã, onde aprenderemos o que ela representa para nós, e por que devemos aplicá-la ao nosso dia a dia.


I - O QUE É A DOUTRINA CRISTÃ ?

A palavra doutrina significa “ensino ou instrução”. O termo deriva-se do grego “didache” (Mt. 4.23; 9.35; Rm 12.7; 1Cor 4.17; 1 Tm 2.12); seu sinônimo comum é “didaskalia”(Mt. 15.9; Mc 7.7; Ef. 4.14; Col 2.22; 1 Tm 1.10; 2 Tm 4.3; Tt 1.9). Os dois termos expressam tanto o ato de ensino (sentido ativo) como aquilo que é ensinado (sentido passivo).


Denominamos doutrina cristã, um conjunto de ensinamentos que trata da fé cristã ortodoxa, ministrada a todo cristão, com o objetivo de instrução no caminho que deve trilhar, para bem servir a Deus e conseguir a salvação da alma. Desde os primórdios que a igreja foi caracterizada pela perseverança na doutrina (At 2.42). Por isso, ela pôde não apenas evangelizar, mas também, defender a doutrina, por que estava edificada “sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular” (Ef. 2.20b).
Doutrina se refere aos ensinamentos expostos na Bíblia e que representam o alicerce, o sustentáculo de nossa fé. Se descuidarmos e desprezarmos as doutrinas, perderemos a nossa identidade como servos de Deus, como seguidores de Cristo, pois, muitos conceitos e comportamentos humanos se opõem frontalmente às verdades bíblicas. Por isso, o apóstolo Paulo diz: “Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos nem à igreja de Deus” (1Co. 10.32). Os bons costumes não geram a doutrina;mas, o ensino da doutrina bíblica produz a prática de bons hábitos e costumes. Além disso, o cristão deve compreender que a observância à doutrina bíblica produz crescimento espiritual (Ef. 4.14-15), pois o padrão é o ensino de Cristo (1 Tm. 6.3-4).
II - QUAL A NECESSIDADE DA DOUTRINA?



2.1 Precisamos conhecer a doutrina. Como podemos saber se estamos na luz, se não examinarmos nossos conceitos, nossas ações pela doutrina bíblica apresentada? “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos” (2 Co. 13.5). Quando se expõe algo, nossa base não pode ser o julgamento próprio, mas, por meio da verdade, apresentada pela Bíblia Sagrada.

2.2 Precisamos praticar a doutrina. A Palavra de Deus nos diz: “Ora, se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as praticardes” (Jo. 13.17); “Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados” (Rm . 3.13 ARA). Ao concluir o “Sermão da Montanha”, Jesus falou acerca do que esperava daqueles que ouviram Seus extraordinários ensinos: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt. 7.24).

Observe que, de acordo com o ensino do Mestre, aqueles que ouvem e praticam, Jesus comparou ao homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; mas, aqueles que ouvem e não as praticam, Jesus os comprou ao homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia (Mt 7.24-27).

III- A DOUTRINA CRISTÃ COMO UM SERVIÇO AO SENHOR

3.1 Na evangelização. Na exposição da mensagem do Evangelho é necessário ter convicção da verdade apresentada. Quando falamos de Cristo, da salvação, perdão, esperança futura, estamos apresentando um conteúdo doutrinário. A pessoa que compartilha o evangelho com alguém, na realidade, está afirmando em que o Evangelho difere de outras crenças. A forma da exposição do Evangelho faz diferença: “Porque o nosso evangelho não foi somente a vós somente em

palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis fomos entre vós, por amor de vós” (1 Ts. 1.5). A razão do crescimento da igreja foi à cuidadosa exposição da palavra de Deus: “Assim , a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia” (At. 19.20).

3.2 Na instrução (ensinamento). Jesus, o maior Mestre que este mundo já conheceu (Jo. 13.13), além de evangelizar, também dedicou-se ao ensino (Mt. 4.23). Semelhantemente, a Igreja Primitiva jamais se descuidava do ensino das Escrituras (At 5.42). Os apóstolos eram incansáveis no ensino das verdades cristãs (At. 6.4; At. 20.20). Assim, o apóstolo Paulo ensinou em Antioquia (At. 11.26); em Corinto, onde permaneceu por um ano e seis meses (At. 18.11b); e, em Éfeso, permaneceu “por espaço de dois anos” (At. 19.10). Pedro também era perseverante no ensino (2 Pe. 1.12)

“Mas de minha parte, esforçar-me-ei diligentemente por fazer que, a todo tempo, mesmo depois da minha partida, conserveis lembrança de tudo” (2 Pe. 1.15-ARA).

3.3 No combate aos falsos ensinos. A instrução bíblica deve ser ministrada não apenas para a edificação, mas também para refutar e combater os falsos ensinos. O apóstolo Paulo diz a Timóteo: “que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (1Tm. 4.2). Paulo conhecia a ação dos falsos mestres, que não se moldavam aos padrões bíblicos e sabia que muitos iriam seguir seus falsos ensinos.

Por isso, ele diz que viria um tempo em que muitos teriam “doutores conforme as suas próprias concupiscências” (2 Tm. 4.3).

Por isso, Paulo recomenda a Tito que seja “apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder, assim para exortar pelo reto ensino como para convencer os que contradizem” (Tt 1.9 - ARA). A palavra ensinada tanto instrui, como pode convencer os que abraçam ensinos heréticos; para tal, é necessário ser firme e perseverante na sã doutrina.

CONCLUSÃO

O cristão deve conhecer as bases de sua fé, pois, somente assim poderá transmiti-las. O mundo precisa ver em nossa vida a prática de ações que demonstrem nossa convicção de raízes profundas no evangelho. Os inimigos da Igreja Primitiva a contragosto declararam : “E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina” (At. 5.28). Que o Senhor nos ajude e que possamos alimentar nossos alunos “com as palavras da fé e da boa doutrina” (1 Tm. 4.6- ARA).

REFERÊNCIAS

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal - João Ferreira de Almeida - CPAD
Comentário Bíblico NVI - F.F. Bruce - Editora Vida.
Comentário Bíblico Pentecostal - Novo Testamento - CPAD
Boyer, Orlando - Espada Cortante - CPAD.

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